Além da criação de búfalos, o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Deral destaca o desempenho das principais atividades agrícolas do Estado do Paraná.
Em 2022, a bubalinocultura contribuiu com 39 milhões e 700 mil reais para o Valor Bruto da Produção do Paraná, sendo que 31 milhões e 500 mil reais provenientes da comercialização de bubalinos de corte e 8 milhões e 200 mil reais do leite de búfala.
As informações são do Boletim de Conjuntura Agropecuária do Deral relativo à semana de 17 a 23 de novembro.
Apesar das dificuldades enfrentadas nas últimas décadas, como a redução da área disponível para a produção em regiões-chave do Estado, o rebanho paranaense tem mantido uma relativa estabilidade nos últimos anos, oscilando entre 32 mil e 35 mil cabeças no período de 2018 a 2022.
Esse número representa apenas uma pequena fração do rebanho brasileiro, que totaliza aproximadamente 1 milhão e 500 mil cabeças.
De outra parte, o boletim também aponta que chegou praticamente ao fim a colheita da safra de inverno paranaense, com a cevada totalmente colhida e apenas pequenas áreas de trigo ainda a campo.
Os números de produção serão divulgados na próxima quinta-feira, dimensionando a frustração dos produtores, que com o clima atípico devem contabilizar prejuízos pela retração dos preços, pela redução de produtividade e a queda de qualidade do produto obtido em algumas regiões.
Quanto à soja, as condições das lavouras foram levemente rebaixadas nesta semana, com as lavouras boas correspondendo a 87% da área, as lavouras médias a 11% e as ruins mantidas em 2%.
O milho, com 98% da área semeada, também teve as condições das lavouras reavaliadas para baixo: boas de 81% para 79%, médias de 16% para 17%, e ruins de 3% para 4%.
As condições ainda piores que as da soja se explicam pela concentração da cultura no Sul do Paraná, onde choveu mais.
O plantio do feijão acelerou comparado às semanas anteriores, evoluindo de 90% para 97% da área total.
As condições de tempo melhoraram, permitindo também o avanço dos tratos culturais, especialmente os controles fitossanitários, porém, dada a grande umidade ainda presente, as condições das lavouras pioraram.
As áreas consideradas ruins passaram de 4% para 8%, as em condições médias passaram de 29% para 33%, sobrando 59% de lavouras boas, ante 67% na semana anterior.
Fonte: Agência Estadual
Foto: Agro Marechal