As demarcações de terras indígenas nos municípios de Terra Roxa e Guaíra têm gerado desafios para os agricultores.
As atividades agropecuárias são concentradas no cultivo da soja, milho, pecuária de leite, avicultura e piscicultura.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Guaira, Silvanir Rosset, são cerca de 14 mil hectares em estudo para demarcação de terras indígenas e ameaçados com a queda do marco temporal.
Ao revelar que a região já foi invadida por indígenas do Paraguai oito vezes, ele cita que a área em estudo é muito grande e envolve muitos produtores, pequenos e médios.
Além de questões econômicas, o dirigente conta que há casos em que os filhos dos produtores já desistiram de herdar as propriedades, deixando os pais enfrentando a situação sozinhos.
Os herdeiros temem que qualquer tipo de investimento seja em vão em caso das demarcações para fins de áreas indígenas.
A Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares do Estado do Paraná também tem acompanhado a situação.
Segundo o presidente da entidade, Marcos Brambilla, a extensão das áreas em estudo ainda não está definida, o que gera insegurança jurídica para os produtores rurais.
Ele menciona que as áreas que poderiam ser demarcadas encontram-se famílias que estão há 4 ou mais gerações trabalhando nessas terras, com documentação reconhecida pelo Estado.
Por sua vez, o presidente do Sindicato Rural de Terra Roxa, Fernando Volpato Marques, também afirma que a demarcação das terras indígenas terá um impacto negativo na economia da cidade.
Conforme os estudos, o dirigente destaca que o município poderia perder até 20% de seu território para os indígenas.
Fonte: Canal Rural
Foto: Agro Marechal