A Justiça Federal deu prazo até esta quarta-feira para que seja feito imediatamente reforço no efetivo de forças de segurança na comunidade indígena Ava-Guarani, em Guaíra, para evitar novos conflitos em áreas de disputa na cidade.
O pedido foi encaminhado pelo Ministério Público Federal após novo ataque ao local deixar quatro indígenas feridos, entre elas um adolescente de 14 anos e uma criança de 7 anos.
Dois indígenas feridos no episódio seguem internados, um deels em Unidade de Tratamento Intensivo.
O juiz Pedro Pimenta Bossi, da Justiça Federal, foi quem aceitou parte do pedido encaminhado pelo Ministério Público Federal.
Na decisão ele argumentou que o atual efetivo não tem sido suficiente para evitar os conflitos, como o registrado na última sexta-feira, dia 3.
Segundo o magistrado, o atual quadro de efetivo das forças de segurança presentes na região, composto principalmente pela Polícia Federal e pela Guarda Nacional, tem se mostrado insuficiente para garantir, de modo adequado, a prevenção de novos ataques.
Ele deu prazo até hoje, quarta-feira, para que o Ministério da Justiça informe a quantidade de policiais federais e da Força Nacional na região desde o início de novembro de 2024 e determinou a ampliação imediata desse e efetivo.
A mesma determinação vale para o Governo do Paraná.
Depois da última ação violenta, policiais militares do Paraná se juntaram à Força Nacional para reforçar o monitoramento por terra e por ar, em helicópteros nas proximidades da comunidade indígena Ava-Guarani.
Desta forma, segundo o Ministério da Justiça e a Polícia Militar do Paraná, a ordem judicial, já começou a ser cumprida no sábado, dia 4.
De acordo com o Ministério Público Federal, de janeiro do ano passado até agora, foram registrados sete conflitos em Guaíra, com 15 indígenas feridos.
Produtores rurais, mesmo sendo proprietários ou funcionários de áreas invadidas ilegalmente pelos índios, também foram agredidos em algumas ações, no entanto, o Judiciário pouco comenta a respeito.
Lideranças do agronegócio se dizem de “mãos atadas” em defesa do direito jurídico das propriedades invadidas em Guaira e Terra Roxa por índios, muitos destes supostamente vindos do Paraguai.
Fonte: G1
Foto: Sou Agro