Pelo segundo ano consecutivo, o Paraná registra queda na produção de soja, de acordo com o Departamento de Economia Rural.
Com mais de 90% das lavouras colhidas, a previsão é de que a safra renda em torno de 18 milhões e 200 mil toneladas, 4 milhões a menos que a previsão inicial e em relação à safra de 2023.
O chefe do Deral-PR, Marcelo Garrido, explica que o produtor paranaense foi castigado pelo excesso de chuvas.
Muitos agricultores tiveram que fazer replantio e, por isso, tiveram um aumento nos seus custos de implantação e de produção.
Ainda conforme Garrido, a partir do mês de dezembro, praticamente todo o estado sofreu com as altas temperaturas, dias quentes que impactaram diretamente na redução da produção.
Isso, consequentemente, gerou uma queda no preço da soja.
Segundo ele, a saca de 60 quilos está sendo vendida a preços equivalentes aos de 2020, mesmo com uma área plantada semelhante, de 5 milhões e 700 mil hectares no estado.
O profissional do Deral explica que a soja, como uma commodity, assim como o milho e o trigo, sofreu redução de aproximadamente 30% nos valores recebidos no último ano, basicamente por ajuste de valor que ocorre no mercado mundial, devido a oferta, demanda e custos.
Garrido acrescenta que o Brasil como grande produtor e consumidor também vem sofrendo com essa acomodação do preço.
Fonte: G1
Foto: Pixaby