Caiu com uma bomba no meio rural do Oeste do Paraná a notícia de que a Itaipu Binacional e o Governo Federal estariam propensos a comprar uma área de 24 mil hectares para a demarcação de terras indígenas.
Na terça-feira desta semana, diretores da Itaipu Binacional receberam no Centro Executivo da Hidrelétrica, em Foz do Iguaçu, representantes de comunidades indígenas Avá-Guaranis.
O objetivo do encontro foi debater a chamada “dívida territorial histórica que a direção da Itaipu diz que a empresa tem com os povos indígenas a partir da construção da usina”.
Isso aumenta ainda mais o temor dos “atores do agronegócio regional”, os quais já estavam preocupados com a notícia de possível compra de áreas agricultáveis na região para destinação aos índios.
Segundo informação inicial do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que na terça-feira visitou o Show Rural, em Cascavel, a ideia seria comprar 24 mil hectares de terra.
A propósito, nos próximos dias, em reunião entre o presidente Lula e o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Ênio Verri, serão tratadas as aquisições, formas de pagamentos e a destinação para as comunidades indígenas.
Lideranças do setor produtivo que ouviram a manifestação do ministro ficaram ainda mais apreensivas e apontam uma “mobilização das forças vivas da região” como forma de tentar evitar que isso aconteça.
Caso a União e a Itaipu levem a distante essa decisão, lideranças do agro temem pelo futuro do Oeste do Paraná, incluindo queda da arrecadação na agricultura e pecuária, aumento dos problemas sociais, afastamento de investidores, êxodo rural e comprometimento da sanidade animal e vegetal.
Nesta quarta-feira, nossa reportagem participou de entrevista coletiva com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e questionou-o se esse é o caminho encontrado pelo Governo Lula...............gravação................
Fonte: Redação Agro Marechal
Foto: Freepik
Carlos Fávaro