Destaque absoluto no cenário nacional, a avicultura paranaense vem batendo recordes ano a ano.
O Estadoé líder absoluto na produção, respondendo por 34,5% dos abates – mais do que Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul, juntos.
A importância também se reflete no mercado internacional, com a ampliação das vendas à China e abertura de mercado em Israel.
Apesar do sucesso da porteira para fora, mais uma vez os custos de produção fizeram com que os avicultores paranaenses fechassem o ano no vermelho, ou seja, se alguém está ganhando dinheiro no setor, não é o produtor.
Concluído em novembro, o mais recente levantamento dos custos de produção elaborado pelo Sistema FAEP/SENAR-PR mostra que o saldo sobre o custo total foi negativo em todas as regiões do Paraná.
De modo geral, energia elétrica e combustíveis foram os itens que mais pesaram sobre a atividade.
Para complicar ainda mais a situação, o dinheiro obtido com a venda de cama aviária despencou, contribuindo para o desequilíbrio das contas.
As dificuldades de quem mantém os aviários chegam a impressionar, se colocadas em perspectivas com a pujança da atividade.
Entre janeiro e outubro deste ano, a avicultura paranaense movimentou mais de 3 bilhões e 200 milhões de dólares só com as exportações, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
No mercado interno, o Paraná abateu mais de 3 bilhões e 500 milhões de toneladas, e, para o setor produtivo, a chave para a sustentabilidade da cadeia é a transparência.
Hoje, os avicultores colocam seus custos na mesa, mas têm dificuldades de obter os dados da indústria.
Segundo Diener Santana, presidente da Comissão Técnica de Avicultura da FAEP, os números mostrados pela indústria são limitados e, portanto, não são suficientes para entender as condições de remuneração do setor produtivo.
Fonte: Sistema FAEP/SENAR-PR
Foto: Freepik