19/09/2025 08:41 |
Além de terras, índios querem agora royalties de Itaipu
Uma ação apresentada ao Supremo Tribunal Federal pede que comunidades indígenas do Oeste do Paraná recebam até 300 milhões de reais por ano em royalties da usina hidrelétrica Itaipu Binacional. 

O valor, segundo a ação, seria uma compensação financeira pelos impactos sobre comunidades Avá-Guarani, que foram deslocadas de seus territórios para a construção da usina.

O pedido se baseia em uma decisão do ministro Flávio Dino que reconheceu o direito de participação dos povos indígenas nos lucros da Usina de Belo Monte, no Pará. 
O processo envolve duas Terras Indígenas: Tekoha Guasu Guavira, que abrange áreas em Guaira, Terra Roxa e Altônia, e Tekoha Guasu Okoy Jakutinga, em São Miguel do Iguaçu e Santa Helena.
Segundo a ação, a construção e operação da hidrelétrica de Itaipu impactaram diretamente os territórios tradicionais dessas comunidades.

O cálculo considera o total repassado pela Itaipu à União a título de compensação financeira pelo uso dos recursos hídricos. 
Com base nesse percentual, os indígenas reivindicam a destinação integral desse valor às comunidades afetadas.

Além do pagamento anual, a ação pede também indenização retroativa desde a promulgação da Constituição de 1988, o que poderia chegar a um valor de 70 bilhões, incluindo compensações por danos morais coletivos e sociais.
Segundo o texto, os povos Avá-Guarani foram deslocados de seus territórios, tiveram seu modo de vida interrompido e ficaram à margem dos benefícios gerados pelo empreendimento.

“A gente acredita que deve ser rápido, porque já temos a decisão referendada no STF, já é algo unânime”, afirmou o advogado Heffren Nascimento, que representa as comunidades.

A Itaipu informou que não se manifesta sobre ações nas quais não foi citada ou notificada. 
O Ministério dos Povos Indígenas também informou que ainda não foi comunicado oficialmente sobre a ação.

De outra parte, o Supremo Tribunal Federal homologou, em março de 2025, um acordo emergencial entre Itaipu Binacional, União, Funai, Governo do Paraná e representantes indígenas. 
Pelo acordo, a Itaipu comprará 3 mil hectares de terras para 31 comunidades Avá-Guarani, em um investimento de 240 milhões de reais.


Fonte: G1
Foto: Divulgação
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