Seca que castiga. Imagine um cenário onde a terra, que deveria ser produtiva, se transforma em um deserto de prejuízos. É exatamente isso que o Paraná enfrenta nos primeiros meses de 2025, com a seca severa deixando marcas profundas na economia do estado. Segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), a agricultura já acumula perdas superiores a R$ 360 milhões, enquanto a pecuária registra um impacto de R$ 37 milhões até agora.
Para colocar em perspectiva, em 2024, os danos na agricultura causados pela seca atingiram impressionantes R$ 1,5 bilhão, e na pecuária, R$ 134 milhões. A disparidade de chuvas entre as regiões é alarmante: enquanto cidades litorâneas como Guaratuba e Guaraqueçaba receberam quase 3.200 milímetros de chuva no ano, Cambará, no norte do estado, teve menos de 800 milímetros — o menor índice registrado.
prejuízos de até 100%. Milho safrinha foi duramente atingido pela falta de chuva.
Mas nem tudo está perdido. Produtores criativos estão encontrando soluções para sobreviver à estiagem. Teve produtor instalando caixas d’água na propriedade para garantir o abastecimento dos animais em confinamento. Para alguns produtores, a seca, no ano passado chegou a custar cerca de R$ 1 milhão, tendo em vista que a sensação térmica de 42 ºC e 43 ºC.
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AGRICULTURA
Seca arrasadora: Mais de R$ 360 milhões em perdas na agricultura
Fernanda Toigo
Fernanda Toigo
20 de abril de 2025 às 14:30
estiagem
Seca que castiga. Imagine um cenário onde a terra, que deveria ser produtiva, se transforma em um deserto de prejuízos. É exatamente isso que o Paraná enfrenta nos primeiros meses de 2025, com a seca severa deixando marcas profundas na economia do estado. Segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), a agricultura já acumula perdas superiores a R$ 360 milhões, enquanto a pecuária registra um impacto de R$ 37 milhões até agora.
Para colocar em perspectiva, em 2024, os danos na agricultura causados pela seca atingiram impressionantes R$ 1,5 bilhão, e na pecuária, R$ 134 milhões. A disparidade de chuvas entre as regiões é alarmante: enquanto cidades litorâneas como Guaratuba e Guaraqueçaba receberam quase 3.200 milímetros de chuva no ano, Cambará, no norte do estado, teve menos de 800 milímetros — o menor índice registrado.
Seca e calor derrubam produtividade na lavoura e nos aviários do Oeste
A região noroeste, uma das mais afetadas pela seca, vive uma verdadeira crise hídrica. Rodrigo Liu, extensionista do IDR, explica: “Alguns pontos da cidade ficaram até 70 dias sem uma gota de chuva. Isso causou perdas enormes para os agricultores e criadores.”
Em Palotina, lavouras registram prejuízos de até 100%. Milho safrinha foi duramente atingido pela falta de chuva.
Mas nem tudo está perdido. Produtores criativos estão encontrando soluções para sobreviver à estiagem. Teve produtor instalando caixas d’água na propriedade para garantir o abastecimento dos animais em confinamento. Para alguns produtores, a seca, no ano passado chegou a custar cerca de R$ 1 milhão, tendo em vista que a sensação térmica de 42 ºC e 43 ºC.
Na tentiva de reduzir os impactos, 50 municípios do Paraná decretaram estado de emergência hídrica, permitindo ações como racionamento, rodízio de água e outras medidas emergenciais. Além disso, há a possibilidade de renegociar créditos rurais, um apoio fundamental para quem precisa manter suas atividades.
O governo estadual também pode decretar crise hídrica, uma medida que autoriza ações mais severas para enfrentar a escassez de água, sempre acompanhadas de perto pela Defesa Civil do estado.
A luta contra a seca no Paraná é um desafio que exige criatividade, solidariedade e ações rápidas. E, enquanto o clima não melhora, os produtores continuam buscando alternativas para preservar suas terras e seus animais.
Fonte: Sou Agro
Foto: Sou Agro