Nos próximos dias deverão ser anunciados detalhes em torno da intenção da Itaipu Binacional de adquirir áreas na região Oeste do Paraná para destiná-las aos povos indígenas.
Num primeiro momento a aquisição pode envolver de 1 mil e 500 a 3 mil hectares, ou seja, cerca de 30 quilômetros quadrados, e as transações poderiam variam entre 300 milhões e 600 milhões, sem benfeitorias.
Os recursos sairão do caixa da hidrelétrica e as negociações serão feitas diretamente com proprietários que procuraram a usina e se mostraram dispostos a vender suas terras.
A região Oeste do Paraná vive conflitos crescentes por terras em uma escalada de tensão nos últimos meses, especialmente nos municípios de Terra Roxa e Guaira.
A Itaipu diz que tem uma dívida história com os povos indígenas com o enchimento do reservatório no Rio Paraná na década de 1980, quando também teriam sido inundadas áreas de aldeias.
Lideranças do agronegócio e produtores questionam esta versão e mencionam que, se existiam propriedades indígenas naquela época, porque as indenizações somente abrangeram os agricultores.
Isso, na opinião dos “atores do agro”, é uma demonstração clara que não haviam áreas de índios quando da formação do lago, caso contrário eles também deveriam ser indenizados.
O que a Itaipu quer fazer não corresponde a demarcações nem desapropriações, o que é de responsabilidade única e exclusiva da União, mas sim comprar as áreas e repassá-las.
Este assunto foi amplamente debatido nesta segunda-feira, em Cascavel, em reunião envolvendo várias lideranças do agro regional com o deputado federal Nelsinho Padovani.
Dentre os participantes do encontro esteve o presidente do Núcleo dos Sindicatos Rurais do Oeste do Paraná e também do Sindicato Rural de Marechal Cândido Rondon, Edio Chapla....................áudio............................
Fonte: Redação Agro Marechal
Foto: Dean Lopes/ Agro Marechal
Edio Chapla