Boletim analisa preço da mandioca e condições de cultivo de trigo e cevada no Paraná
Os produtores de mandioca do Paraná devem fechar agosto recebendo mais pelo produto relativamente a julho, tendência que tem sido uma constante desde maio. Mas os valores ainda são menores do que o recebido há um ano, o que deixa em dúvida a projeção para a área a ser ocupada em 2025. Esse é um dos temas analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 16 a 22 de agosto. De acordo com o documento preparado pelo Deral, o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, os preços praticados atualmente são de 534 reais e 31 centavos por tonelada. Isso representa aumento de 12,6% sobre o valor recebido pelos produtores em julho, mas uma redução de 28% sobre os valores pagos em agosto de 2023.
As oscilações ainda deixam em dúvida as projeções de área para o próximo ano, e a primeira previsão será apresentada na próxima quinta-feira. O relatório de Condições de Tempo e Cultivo, divulgado terça-feira pelo Deral, apontou piora nas condições dessas culturas de inverno. O trigo teve aumento de 3 pontos percentuais nas lavouras em condições ruins; as consideradas em situação média passaram de 21% para 25%, enquanto as áreas boas estão agora em 56% contra 63% na semana anterior. Os 7 pontos percentuais a menos em condições boas representam aproximadamente 70 mil hectares reclassificados. A maior parte foi afetada pelas geadas no Sudoeste, em 13 de agosto, mas há piora também em razão de estiagem em outras regiões. E as lavouras de cevada igualmente tiveram piora nas condições, mas nesse caso em função da estiagem, particularmente nos Campos Gerais. No prazo de uma semana as que estavam em situação boa reduziram de 84% da área de 76 mil e 800 hectares para 77%. A colheita está iniciando agora. O documento do Deral destaca ainda que a receita brasileira com exportações, nos sete primeiros meses do ano, alcançou 97 bilhões e 800 milhões de dólares. O complexo soja é o principal item, com participação de 40,4%, seguido pelas carnes, com 14,5%. O boletim traz ainda uma análise relativa à horticultura e os eventos climáticos.
A seca ocasiona tanto produtividades menores quanto dificulta o arranquio das raízes, o que são possíveis explicações dessa alta recente, conforme explicou o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho......... áudio.........
Fonte: Agência Estadual de Notícias
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN
Carlos Hugo Godinho