As mulheres agricultoras eagropecuaristas do Rio Grande do Sul,terão mais uma conquista a comemorar neste mês de março, que é lembrado como “Mês da Mulher”. A instituição Elas do Agro, rede de conexões entre mulheres do agronegócio gaúcho, está programando para este ano calendário de Dias de Campo em propriedades da Região Sul do Estado, administradas por mulheres. Entre os temas já confirmados estarão a Integração Lavoura-Pecuária, Pecuária de Elite e Agricultura, Seleção Genética e criação da raça Brangus e Produção de Olivas.
A criadora do Elas do Agro, Fabíola Lopes, explica que a ideia é nesses eventos conversar
e gravar depoimentos com as mulheres que participarão. “Todas as propriedades
escolhidas estão sendo lideradas por figuras femininas e também temos a intenção de,
a médio prazo, ter grande encontro para reunir essas lideranças todas, criar grande
oportunidade de networking e dar bastante ênfase para que essas mulheres possam
contar suas histórias e mostrar o seu trabalho e, assim, viabilizar uma grande troca de
informações de como elas estão trabalhando, como estão achando novas soluções e
como estão inovando e se destacando”, explicou a dirigente.
Fabíola relata que a ideia da rede surgiu depois que se entendeu que no mercado rural,
que por muitos anos foi totalmente dominado por homens, hoje as mulheres estão com
presença bem forte, tanto em quantidade quanto em qualidade. “Elas já estão
assumindo cargos bastante relevantes e fazendo a diferença no campo. Então, nós
gostaríamos de dar um enfoque especial para essas pessoas e dessa forma também
possibilitar que novas mulheres que estão trabalhando no anonimato tenham
oportunidade de serem reconhecidas e estimular outras que até então tinham intenção,
vontade, mas não conseguiram abertura para fazê-lo”, acrescentou.
A criadora do Elas do Agro explica que existe agora cenário de muitas mulheres em que
o marido, de uma hora para outra, não pode mais seguir trabalhando no negócio por
conta de saúde ou das mulheres que herdam campo ou alguma empresa do setor rural,ou seja, pessoas que tinham vida totalmente urbana e que, de uma hora para outra, se
depararam com nova realidade. “Antigamente simplesmente arrendavam a
propriedade e tocavam a vida, ou vendiam as empresas. Hoje não. Hoje temos muitas
mulheres que têm vida profissional sólida, mas, que ao terem que assumir nova
responsabilidade, acabam mudando a vida e indo para fora. Então essa é coisa em que
também o Elas do Agro poderá ajudar, conectando mulheres, possibilitando
informações através de rede de pessoas que têm histórias semelhantes, e possam se
apoiar nesse momento de reiniciar carreira e conhecer nova área de atividades”,
ressaltou.
Fabíola reforça também a mudança no mercado, onde antigamente existiam algumas
áreas em que não havia possibilidade de mulher entrar.
Segundo a criadora do Elas do Agro, hoje se nota que as mulheres estão sempre em
busca de capacitação, talvez por serem mais novas no setor, ou por terem essa vontade
de provar sua capacidade e necessidade disso. Elas estão muito presentes enquanto
espectadoras em palestras e cursos. “E nós queremos, hoje, já que temos mulheres
muito bem capacitadas e capazes de também terem conhecimento para dividir e colocálas igualmente no palco para dividir sua experiência e compartilhar boas informações
que já adquiriram”, explicou Fabíola Lopes.
Fonte: Assessoria
Foto: Assessoria