O calor intenso e a falta de chuvas têm impactado negativamente as lavouras de soja do Paraná, um dos principais Estados produtores do Brasil, reduzindo produtividades esperadas no ciclo 2023/24, o que deve impactar a colheita estadual.
Foi o que afirmou nesta terça-feira o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná.
Eventuais cortes na produção do Paraná, que tradicionalmente disputa com o Rio Grande do Sul a condição de segundo produtor de soja do Brasil, poderiam pressionar a colheita nacional, já bastante afetada pela seca e temperaturas elevadas que atingiram áreas do Centro-Oeste, antes das chuvas voltarem para o norte do país.
Com a colheita recém-iniciada no Paraná, o Deral reduziu a avaliação para a safra de soja do Estado, agora vendo 71% das áreas em "boa" condição, versus 86% nessa situação na semana anterior, enquanto aumentou para 5% a fatia da lavoura em situação "ruim", versus 1% na semana anterior.
Segundo o técnico do Deral, Edmar Gervásio, “de fato, o calor intenso de dezembro e neste início de janeiro está impactando negativamente as lavouras, fatalmente isto vai resultar em uma produtividade menor.
Em algumas lavouras, a perda já é irreversível.
Ele menciona que o Paraná está "sem chuvas significativas na maior parte do Estado desde a segunda quinzena de dezembro".
Edmar acrescenta que colheita de soja do Estado poderia ficar abaixo de 21 milhões de toneladas, ante previsão atual de 21 milhões e 700 mil, caso chuvas não retornem o mais rapidamente possível.
Os números do Deral apontam que 1% da área plantada no Estado, de 5 milhões e 800 mil hectares, está colhida, mostrando alguma antecipação ante o ano anterior, quando o órgão da SEAB não tinha ainda apontado número de colheita nesta época.
O Departamento também indicou que 16% dad áreas do Estado estão em maturação, contra apenas 2% das áreas nesta condição no mesmo período do ano passado.
Fonte: Deral
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