Os eventos climáticos intensos observados nos últimos meses no Paraná e em outros estados do Brasil estão atrelados ao El Niño, ativo no Oceano Pacífico, e de reflexos globais.
As mudanças causadas por esse fenômeno resultaram, por exemplo, nas chuvas intensas registradas região Sul, conforme explica Marco Antonio Jusevicius, coordenador de operação no Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná - e isso tem impacto direto na agricultura paranaense.
Dados preliminares do relatório regional da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná indicam que o excesso de chuva na região dos Campos Gerais, em outubro, causou perdas de 20% a 30% na produtividade das culturas de trigo e cevada.
Jusevicius explica que o El Niño pode alterar a distribuição de umidade e varia as temperaturas em todo o planeta.
No Brasil, além das chuvas na região Sul, o evento também provoca secas prolongadas nas regiões Norte e Nordeste.
O cenário atual, no entanto, não está fora do previsto pela meteorologia.
Conforme Jusevicius, era esperada a alteração no padrão de chuva e da temperatura do ar, com um período mais chuvoso e um período mais quente que o normal no Sul do Brasil.
O relatório regional da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná indica, também, que as culturas de verão, como soja, milho e feijão, foram afetadas pelo excesso de chuvas.
A falta de luminosidade, o encharcamento do solo, a erosão e a inundação são fatores que podem comprometer o potencial produtivo e a qualidade dos grãos.
Diferente de outras regiões do Estado, por enquanto as condições climáticas na microrregião de Marechal Cândido Rondon não estão comprometendo o bom desempenho das lavouras em sua maioria.
Fonte: G1
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