Produtores retomam plantio de culturas de verão e avaliam impactos após as chuvas
A melhora no tempo nos últimos dias, com as chuvas dando trégua em todo o Estado, possibilitou a retomada do plantio das culturas de verão, particularmente soja e milho. Por outro lado, foi possível evidenciar problemas de produção em arroz, que estava em período de semeadura, e trigo e cevada, já em colheita. As análises constam no Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 3 a 9 de novembro, documento preparado pelo Departamento de Economia Rural. O coordenador de conjuntura do órgão, Carlos Hugo Godinho, faz uma análise dos dados coletados.// SONORA CARLOS HUGO GODINHO.//
O relatório divulgado registra que a soja está com 73% dos quase seis milhões de hectares plantados, enquanto o milho atingiu 95% dos 314 mil hectares previstos para a safra. Com o tempo firme, projeta-se avanço consistente sobretudo da soja, que tem um pequeno atraso no Sul do Estado. A estimativa de outubro para o arroz irrigado era de que 81% da área de 18 mil hectares estava plantada e as lavouras desenvolviam-se bem. No entanto, houve mudança significativa. Para o trigo e a cevada, que estavam em colheita, o período pós-chuva permitiu confirmar os problemas já previstos. O feijão também teve reflexos das últimas tempestades. A área plantada chegou a 86% dos 111 mil hectares previstos, avançando apenas três pontos percentuais desde a semana anterior. No campo, as áreas em boas condições são 62%, enquanto 34% estão medianas e 4%, ruins. O boletim agropecuário também fala sobre o coco. Na fruticultura nacional é cultivado em 189 mil hectares. No Paraná, o coco se desenvolve no Norte e Noroeste. Em 2022, a colheita rendeu mil e 500 toneladas em 213 hectares, com Valor Bruto de Produção de quase quatro milhões de reais. Já na proteína animal, após iniciar novembro com altas, o preço da arroba bovina acumula queda e foi comercializada a 228 reais e 50 centavos nesta semana. A proximidade do final do ano, com a entrada do 13º salário, tende a aumentar a demanda no curto prazo, pois historicamente a carne bovina é a preferida dos brasileiros. O boletim registra ainda que a exportação de carne de peru pelo Brasil chegou a mais de 53 mil toneladas nos três trimestres de 2023. Isso resultou em receitas de mais de 158 milhões de dólares, com o Paraná sendo o terceiro principal produtor e exportador. Já a produção nacional de ovos deve atingir 55 bilhões e meio de unidades em 2023.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
Foto: AEN