O uso de terraços na produção de grãos diminui a perda de água no solo. Esse é o resultado de uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e pela Rede Paranaense de Agropesquisa, com apoio do Sistema FAEP e do NAPI Prosolo. O estudo, coordenado pelo professor do Departamento de Agronomia e do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Unicentro, Cristiano André Pott, foi realizado entre 2019 e 2022, em Guarapuava, na região Centro-Sul do Paraná.
“A conservação do solo é uma das bandeiras do Sistema FAEP. Sabemos da importância do manejo e da conservação do solo para a produção e a produtividade e, principalmente, para a manutenção das próximas safras. Essa e outras pesquisas são fundamentais para orientar e subsidiar o nosso produtor rural”, destaca o presidente interino do Sistema AFAEP, Ágide Eduardo Meneguette.
A pesquisa foi desenvolvida em três áreas de estudo, denominadas megaparcelas, com o objetivo de analisar as perdas por erosão hídrica e monitorar as qualidades física, química e biológica do solo. Uma sem terraços e com cultivos similares aos adotados pelos produtores da região; outra com boas práticas de manejo recomendadas pela equipe de pesquisa; e a última contava com terraços de base larga para controle do escoamento superficial.
As megaparcelas foram semeadas com milho, soja, trigo, aveia, centeio e cevada. Além dessas áreas, o estudo ainda avaliou os impactos em uma bacia hidrográfica de 119 hectares, com 90% da área cultivada com grãos em Sistema de Plantio Direto na Palha (SPD), mas sem terraços.
“Quando registrado chuvas mais intensas, tivemos erosões severas e a parcela com terraço respondeu muito melhor no controle de erosão”, explica Pott.
O estudo comprova que a adoção dos terraços reduziu em até 78% as perdas de água, em comparação com os demais sistemas analisados. Esse modelo também demonstrou maior infiltração da água no solo, com menor escoamento superficial e maior disponibilidade hídrica às culturas cultivadas.
Por outro lado, apenas a adoção do Sistema de Plantio Direto na Palha não se mostrou suficiente para evitar perdas de solo e água quando há ocorrência de chuvas mais fortes. As megaparcelas sem terraço registraram sulcos de erosão e perdas hídricas e de sedimentos.
“No terraço, quando tem a obra física com a barreira, todo o solo acaba ficando mais úmido, porque é menos água escoando para fora da lavoura. Essa água acaba sendo usada por micro-organismos. Então, a gente começa a enxergar resultados não só do ponto de vista do escoamento, mas de atributos físicos, químicos e biológicos”, complementa o docente da Unicentro.
Somente na área da bacia hidrográfica, os pesquisadores avaliaram uma perda em nutrientes do solo de R$ 385,70 por hectare (valor vigente em 2023). Itens como ureia, superfosfato triplo, cloreto de potássio e calcário dolomítico foram contabilizados nesse cálculo.
“É importante integrar práticas vegetativas e mecânicas de conservação do solo, como o uso de terraços, para garantir sistemas agrícolas mais resilientes, produtivos e sustentáveis. A adoção desses recursos se mostrou fundamental para preservar a capacidade produtiva do solo, proteger os recursos hídricos e assegurar a sustentabilidade da agricultura para as futuras gerações”, finaliza o professor.
Capacitação
O Sistema FAEP oferece o curso “Manejo e Conservação do Solo – Prática de Campo” em seu catálogo. Ao longo das 20 horas de treinamento, o produtor rural conhece os tipos de solos, suas fragilidades e potencialidades, além de técnicas que auxiliam na tomada de decisão para o manejo correto.
O curso é gratuito e com certificado. Os interessados podem obter mais informações e fazer a inscrição no site da entidade (www.sistemafaep.org.br).
Fonte: FAEP
Foto: FAEP










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