05/12/2025 12:20 |
Café e soja garantem as maiores margens do ano para produtores paranaenses, aponta Deral

Os custos de produção seguem como o principal fator para o desempenho das cadeias agropecuárias do Paraná. A análise está no Boletim Conjuntural do Deral, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, divulgado nesta quinta. O documento mostra que cada setor tem seu ritmo, mas todos enfrentam um cenário em que rentabilidade, preços e logística estão ligados ao comportamento dos custos. O café mantém um dos melhores resultados. A safra cresceu cerca de 10% em relação ao ano passado, chegando a 745 mil sacas beneficiadas, impulsionada pelo clima e pela boa oferta de água. Mais de 80% da produção já foi comercializada, com preços acima de 2 mil reais por saca na maior parte do período. A média deve se manter nesse nível, aproximadamente 15% acima de 2024. O custo total para produzir uma saca está perto de mil 137 reais, garantindo ampla margem ao produtor. É o que explica o engenheiro agrônomo do Deral, Hugo Godinho. // SONORA HUGO GODINHO //

A soja segue com custos estáveis e alta lucratividade. Produzir 55 sacas por hectare custa pouco mais de 3 mil 212 reais. O valor subiu levemente em relação ao ano passado, pressionado pelo transporte externo, sementes e fertilizantes. Já os agrotóxicos caíram 7%, ajudando a segurar os custos. Com a saca perto de 120 reais, a lucratividade bruta estimada é de 106%. O plantio está quase concluído, alcançando 99% dos 5 milhões e 770 mil hectares previstos. No leite, novembro registrou nova queda no preço pago ao produtor. O litro recuou 5,74% em relação a outubro e acumula baixa de aproximadamente 18% em doze meses. As indústrias importaram 250 toneladas de leite em pó em outubro, alta de 25% sobre setembro. Esse volume deve cair a partir de novembro com a lei estadual que proibiu a reconstituição de leite em pó importado no estado. Na suinocultura, outubro teve a maior rentabilidade do ano. A margem ficou em 1 real e 45 centavos por quilo, acima de setembro. O produtor recebeu 7 reais e 22 centavos por quilo, com alta frente aos dois últimos meses e também sobre outubro de 2024. O custo estimado ficou em 5 reais e 77 centavos por quilo, repetindo setembro e ficando abaixo do ano anterior. Para novembro, a tendência é de leve queda na rentabilidade por causa da redução no preço pago ao produtor. No mercado de ovos, as exportações brasileiras cresceram e chegaram a 49 mil e 806 toneladas nos dez primeiros meses do ano, aumento de 36,8% sobre o mesmo período de 2024. O Paraná está em quarto lugar, com 5 mil e 641 toneladas, mas registra queda no volume e na receita em relação ao ano anterior. Os Estados Unidos continuam como principal destino, mas as compras despencaram após a tarifa de 50% criada em agosto. O país caiu de 3 mil e 774 toneladas importadas em julho para apenas 41 toneladas em outubro. Houve retração forte em volume e receita. Em novembro, os EUA retiraram a tarifa para alguns produtos brasileiros, mas os ovos seguem fora da lista.
engenheiro agrônomo do Deral, Hugo Godinho, sobre a produção de café e soja no Paraná

Fonte: AEN

Foto: Agro Marechal

OUTRAS NOTÍCIAS
Previsão do tempo (M. C. Rondon)
Cotações agrícolas
R$ 54,00
R$ 121,00
R$ 64,00
R$ 1,9780
R$ 8,38
R$ 325
R$ 5,34
CONTRATO US$/bu VAR
JAN 2026
1.117,00
-2,50
MAR 2026
1.126,75
-2,00
MAY 2026
1.135,75
-1,50
JUL 2026
1.142,50
-2,25
u00daltima atualizau00e7u00e3o: 12:14 (05/12)