A evolução da comercialização do trigo no país avança em ritmos distintos entre os estados, marcada pela combinação entre oferta crescente da nova safra e diferenças regionais de preço. Segundo avaliação da TF Agroeconômica, o Rio Grande do Sul já movimenta volumes expressivos, com cerca de 30% da produção estimada entre 3,4 e 3,5 milhões de toneladas negociados, o que representa aproximadamente 1 milhão de toneladas somando mercado interno e exportações. As indústrias ofertaram entre 1060 e 1130 reais CIF, mas seguem perdendo competitividade para a exportação, que opera a 1035 reais FOB. No mercado físico, os preços na pedra em Panambi permanecem em 55 reais.

Em Santa Catarina, a colheita impulsiona novas ofertas, mas a diferença entre expectativas de vendedores e compradores mantém o ritmo moderado. Os pedidos dos produtores chegam a 1200 reais por tonelada FOB, enquanto as indicações de compra variam de 1100 a 1150 reais. Parte relevante das ofertas ainda vem do Rio Grande do Sul, ao redor de 1080 reais FOB mais frete, e de São Paulo, a 1250 reais CIF. Os moinhos catarinenses trabalham entre 1130 e 1150 reais CIF. Os preços pagos aos triticultores seguem estáveis na maioria das praças, com valores entre 61 e 64,25 reais por saca, conforme o município.

No Paraná, o mercado mantém avanço lento, porém firme. Os moinhos, já abastecidos, ofertam 1200 reais CIF em Curitiba e Campos Gerais, com maior atenção aos contratos de janeiro. A qualidade do trigo recém-colhido oscila após as chuvas, variando entre tipos dois e três, com algumas cargas tipo um. No Norte, as negociações para janeiro vão de 1250 a 1280 reais CIF, enquanto no Oeste variam de 1200 a 1220 reais. O trigo importado opera entre 240 e 260 dólares nos portos. Os preços pagos aos agricultores subiram 0,32% na semana, atingindo média de 64,03 reais por saca, o que reduz o prejuízo estimado pelo Deral, ainda que a entidade destaque a importância das operações futuras para garantir melhores resultados.

Fonte: Agrolink

Foto: Copilot