A colheita da segunda safra de milho do Brasil em 2024 avançou rapidamente, atingindo 91,28% da área total plantada, um progresso notável comparado aos 77,88% registrados no mesmo período do ano passado.
Este ritmo acelerado também supera a média dos últimos cinco anos, que foi de 82,75%.
A eficiência na colheita deste ano é atribuída ao plantio antecipado e à redução da área cultivada, o que facilitou um avanço mais ágil na colheita.
No entanto, o mercado enfrenta uma fase de baixa nos preços futuros do milho na Bolsa Brasileira.
Na sexta-feira passada, as cotações futuras do milho variaram entre R$ 59,56 e R$ 68,10, com desvalorizações em todas as principais categorias.
No acumulado da semana, os preços também registraram perdas, com o contrato para setembro/24 caindo 1,11% e o contrato para março/25 apresentando uma baixa de 0,15%.
O mercado físico brasileiro, por outro lado, observou mais altas do que baixas nos preços da saca de milho, refletindo uma oferta abundante.
A oferta robusta é o principal fator pressionando os preços para baixo.
Entre janeiro e julho de 2024, a China já adquiriu mais milho brasileiro do que no mesmo período do ano passado, o que pode estimular uma recuperação nos preços caso a demanda continue forte.
Outro fator que pode influenciar o mercado é a escalada no conflito entre Rússia e Ucrânia, que voltou a gerar tensão e pode adicionar volatilidade aos mercados, como observado em situações anteriores.
No cenário internacional, os preços futuros do milho na Bolsa de Chicago também apresentaram desvalorizações na semana passada.
A perspectiva para a produção de milho nos Estados Unidos é positiva, com as lavouras entrando em fase de pré-maturação e boas previsões climáticas à vista.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgou recentemente um relatório elevando as estimativas de produtividade e produção para a safra dos EUA, projetando uma colheita de 375 milhões de toneladas, o que contribuiu para os recuos nos preços internacionais.
Este panorama reflete uma combinação de fatores que afetam tanto o mercado interno quanto o externo, com uma colheita recorde no Brasil e tendências de preços que podem ser influenciadas por variáveis tanto locais quanto globais.
Fonte: Agência Brasil
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