A colheita da segunda safra de milho 2024/25 atinge média de 55% da área cultivada no Brasil, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O ritmo é semelhante ao da média dos últimos cinco anos, mas ainda apresenta atrasos em regiões estratégicas. Mato Grosso, maior produtor nacional, já colheu 90,37% de sua área, embora esteja quase nove pontos percentuais atrás do desempenho registrado no mesmo período do ano passado.
No estado, as regiões do médio-norte e nordeste lideram os trabalhos, com índices acima de 95%, enquanto o sudeste e o oeste apresentam os menores avanços, de 71,87% e 82,80%. Apesar do ritmo mais lento, Mato Grosso deve superar 50 milhões de toneladas de milho nesta safra.
Nos demais estados, o cenário é heterogêneo. O Paraná concluiu praticamente toda a colheita, enquanto Mato Grosso do Sul já passa de 65%. Goiás, Minas Gerais e São Paulo apresentam índices mais modestos, entre 40% e 60%, reflexo de atrasos no plantio e ciclos vegetativos mais longos. A produção nacional de milho deve chegar a 128 milhões de toneladas, alta de 11% em relação ao ciclo anterior.
Enquanto o milho avança, a colheita do algodão ainda está no início. Apenas 0,4% da área cultivada no país foi colhida, segundo a Conab. Em Mato Grosso, responsável por mais de 60% da produção nacional, o índice chega a 9,75%, bem abaixo dos 23,73% registrados no mesmo período do ano passado. O avanço está concentrado no médio-norte, onde pouco mais de 30% da área foi colhida, enquanto outras regiões ainda não alcançaram 1%.
O quadro indica que a maior parte do milho será colhida em agosto, enquanto o algodão deve ganhar ritmo nas próximas semanas, exigindo logística intensa para evitar gargalos no escoamento da produção. Os trabalhos de colheita avançam em bom ritmo e a produtividade permanece alta, fortalecendo as projeções de uma safra recorde de milho safrinha em 2025.
Fonte: Sou Agro com Feagro
Foto: Feagro